Com as vendas em queda, mercado busca opções para tentar atrair e fidelizar os consumidores

Com as vendas em queda, mercado busca opções para tentar atrair e fidelizar os consumidores

Com as vendas de veículos em baixa, o mercado de Ribeirão começa a oferecer vantagens e alternativas para atrair e fidelizar clientes com o objetivo de driblar os efeitos da desaceleração econômica, como os consórcios, promoções e até mesmo reformas.

Os emplacamentos de veículos novos caíram 15% em maio na comparação com abril, em Ribeirão Preto, segundo os números divulgados ontem pela Federação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Fenabrave).

No mês passado, foram vendidos 1.759 automóveis, comerciais leves, motos, ônibus e caminhões no município, menos do que os 2.065 licenciados em abril. “A baixa atividade econômica nacional, a alta da inflação e as taxas de juros elevadas afetaram, mais uma vez, as vendas do setor”, afirmou o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Junior.

Alternativa

Mas, o diretor de consórcios Manoel Barros aposta no sistema como alternativa para driblar a crise. “O consórcio é uma alternativa mais barata para o consumidor, principalmente para aqueles que estão segurando os gastos ou que querem poupar”, diz.

Este é o caso do administrador Pedro Ferreira, de 31 anos, que para poupar dinheiro prefere investir em consórcios.

“Ao invés de gastar o valor com outras coisas, pago o consórcio e depois ainda tenho a chance de trocar de carro, por exemplo”, afirma.

E os clientes estão atentos a isso. De acordo com dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), a participação dos consórcios nas vendas de automóveis, em 2015, já está em 23,5%. Este percentual era de 7,8% em 2009.

Na região de Ribeirão Preto, São Carlos, Araraquara e Franca, o Consórcio Santa Emília vendeu 14% a mais em relação ao início de 2014, tendo o segmento de automóveis se expandido em 33%.

Reforma também é saída

Segundo o diretor da Santa Emília Caminhões e Ônibus Leandro Barros Cruz, os emplacamentos do setor vêm em uma decrescente. “Estão em queda desde 2013”, diz.

E os motivos estão relacionados com a retração econômica, falta de confiança do consumidor em investir e também as condições de financiamento, que estão mais severas, inclusive com o aumento da seletividade do crédito.

A partir daí, muitos frotistas ou autônomos estão percebendo que é mais vantajoso reformar seus caminhões usados do que entrar em uma nova compra.

Somente no 1º quadrimestre deste ano, em relação a 2014, o aumento da procura no setor de funilaria e pintura, que abrange as reformas dos caminhões, cresceu 40% na concessionária.

“Como o consumidor não pode aumentar as despesas, a manutenção ou reforma é viável para uma vida útil maior do veículo.”

Tanto é que, segundo ele, o centro de funilaria e pintura teve um crescimento de 60% entre 2014 e este ano. A concessionária investiu R$ 3 milhões na ampliação do local.

Análise
Consumidor também tem como poupar

Em momentos de crise, o consumidor precisa ser conservador e tem buscado alternativas de gastos menores e de poucos riscos. Neste contexto, os consórcios são opções com juros menores e longos prazos, ou seja, confortáveis para o consumidor, que estão cada vez mais atentos. Fora isso, no consórcio não se pega dinheiro emprestado, está se poupando. Desta forma, em momentos de crise e de contenção de gastos, a tendência é ampliar a procura pelos consórcios. E toda essa cautela do consumidor acaba refletindo a seu favor, no momento em que é contemplado e ganha um maior poder de barganha frente às concessionárias. Para as empresas, ter uma cartela grande de clientes em consórcios também é vantajoso, pois há a garantia de que esse dinheiro será revertido na compra de um veículo.




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